Problemas ortopédicos comuns na adolescência

Os problemas ortopédicos na adolescência podem afetar o crescimento e o desenvolvimento se não forem tratados. As áreas do corpo mais afetadas por esses problemas são: coluna vertebral, joelhos e tornozelos. 

Embora os problemas ortopédicos possam ser facilmente diagnosticados, muitos adolescentes não percebem que estão sofrendo de uma doença. De fato, muitos pais dizem a seus filhos que a dor é apenas “dor de crescimento” quando, na verdade, o adolescente precisa de atenção médica.

Pensando nisso, escrevemos este artigo para que você conheça os problemas ortopédicos mais comuns na adolescência.

Problemas ortopédicos comuns na adolescência

Entorses e distensões

A maioria das lesões entre os adolescentes ocorre durante a prática de esportes e afeta os ligamentos, tendões e músculos. Uma entorse é uma lesão no ligamento e uma distensão é uma lesão causada no tendão ou músculo que geralmente resulta de força, alongamento e uso excessivo. 

O diagnóstico é feito com raios-x e uma avaliação física completa, curam rapidamente e com o mínimo de tratamento necessário. Apenas os casos mais graves requerem intervenção cirúrgica para a cura.

Os sintomas incluem dor, inchaço, dificuldades de movimentar e vermelhidão na área lesionada. O tratamento pode incluir restrição da atividade, aplicação de gesso / tala no local lesionado, fisioterapia e, em último caso, cirurgia.

Escoliose

Uma coluna normal deve aparecer reta quando vista por trás. No entanto, quando a coluna é curvada, girada ou lateralmente, isso indica um grau de escoliose, embora muitas pessoas confundam com má postura. 

Os três tipos de escoliose são: congênita, idiopática e neuromuscular. 

A escoliose congênita é causada por falhas nas vértebras. A escoliose neuromuscular está ligada a condições neurológicas, principalmente, paralisia cerebral, distrofia muscular, espinha bífida, tumores na medula espinhal, condições paralíticas e neurofibromatose. 

A causa da escoliose idiopática ainda é desconhecida. As outras causas possíveis da deformidade incluem razões hereditárias, diferentes comprimentos de pernas, lesões, infecções e tumores. 

Os sintomas são: diferença na altura dos ombros, na posição do quadril ou na altura da escápula e comprimentos diferentes dos braços em posição reta. 

O diagnóstico de escoliose requer histórico médico completo do adolescente, testes e exame físico. O tratamento depende da extensão da doença e o principal objetivo é impedir que a curva progrida e evite a deformidade. Pode incluir observação e exames repetitivos, órtese e até cirurgia para corrigir o defeito.

Cotovelo de tenista

Embora seja mais comum em adultos, o cotovelo de tenista também afeta os adolescentes e nem sempre está ligado à prática de esporte. Normalmente, o tratamento envolve uma combinação de métodos de alívio da dor, fisioterapia e, às vezes, cirurgia.

O cotovelo de tenista é uma condição na qual as fibras tendíneas que se ligam ao epicôndilo no exterior do cotovelo degeneram. Os tendões mencionados aqui ancoram os músculos que ajudam o punho e a mão a levantar.

Os sintomas incluem dor intensa na região externa do cotovelo, que começa com uma dor lenta e leve que piora gradualmente. O tratamento visa o alívio da dor. O médico pode indicar aplicação de gelo e anti-inflamatórios. 

Os sintomas podem ser aliviados com órteses e talas para os pulsos, que descansam os tendões e músculos.  O médico também pode prescrever fisioterapia para aumentar a força dos tendões e músculos afetados. A cirurgia é considerado apenas quando a dor não melhora após 6 meses de tratamento.

Seja um adolescente envolvido ativamente no esporte, sofrendo de dor ou desconforto, é melhor que os pais levem a sério suas queixas. Um diagnóstico precoce permite que o adolescente se recupere totalmente e retome a atividade física regular o mais rápido possível.